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20 janeiro 2019

Sobre cuidar de si mesmo

Streegar
Eu comecei o ensino médio no ano passado, e desde então tive uma quebra brusca de todas as minhas expectativas sobre como tudo seria. Em um momento estava completamente estarrecido por entrar numa classe de completos desconhecidos que jamais trombei pela cidade, em lugar algum. No outro me senti como se perdesse todo o meu chão, eu realmente estava sozinho e sem nenhum rosto que ao menos parecesse familiar, no terceiro já houve uma rápida conversa e um vazio voltou a me preencher - confuso, não? - e aos poucos fui me acomodando com toda confusão e rapidez que o ensino médio se apresentou para mim, rápido, complexo e rico em conteúdo e caminhos a seguir, alguns são uma completa armadilha para a saúde mental.

Acredito que está sendo o maior desafio para mim mesmo e como lido comigo, afinal, sozinho precisei manter o meu conhecimento sobre as aulas diariamente, ao mesmo tempo que fazer as atividades sem ajuda de outrem (por um certo momento, ser antissocial não é para mim) e poder trabalhar em como a minha mente lida com grandes mudanças repentinas, foram os desafios que me dei e não cumprir tão bem assim - confesso, em muitos momentos acabei me acomodando, mas muitas outras questões internas foram debatidas e acabei tendo muito mais autoconhecimento do que imaginava.

E apesar de ter tido a minha saúde mental saturada, estar afastados de todos os meus amigos mais íntimos durante todo o ano (sério, até agora não encontrei com ninguém por uma diferença brusca de rotina) e todo mundo estar funcionando no automático para poder manter tudo funcionando perfeitamente bem. No final, o meu corpo só pedia por descanso, como continuo até agora. Estou com um cansaço enorme para ser dispersado. E apesar de ser coisas que irão passar em breve, alguns conhecimentos ficarão para sempre e claro, irei manter enquanto puder, eu aprendi a cuidar de mim mesmo em situações delicadas. 

Uma dessas coisas foi saber aproveitar a solitude enquanto durar. Pude ler mais, aproveitar as músicas como se fossem as últimas do planeta e devorar textos como se estivesse acabado se aprender a ler. E me senti completamente feliz ao ler alguns livros em poucas horas, e guardar o conhecimento de todos e aplicar nos momentos que precisei - outros, levei para a vida. Além de ter o desejo de manter o desejo de continuar lendo por mais e mais tempo. Há muito sobre mim mesmo que deixei para trás, não me permitir ser, e hoje tenho plena consciência de que posso me libertar e ser mais.

Aprendi também a avaliar as coisas que estão na minha vida. E descobri que temos um costume horrível de deixar as coisas ruins terem a sua passagem natural (inciar, atingir os maiores picos e ir embora, deixando um estrago), quando na verdade poderiam ser interrompidas para que possa se recompor antes do estrago ser concluído. Devemos sempre ter em mente que lideramos todos os nossos sonhos, sentimentos e principalmente o próprio corpo, aceitar algo que não pode ser aceito é um sacrifício contra si mesmo. 

A não deixar qualquer coisa me abalar por tanto tempo. E esse é também um dos males que também deixamos carregar. Permitir que coisas ruins ou sentimentos ruins se proliferem dentro de nós como se possuísse todo direito sobre o que nos pertence. É um desafio muito pesado, você aprende com os piores momentos de que terá que se fechar de algo que jamais percebeu lhe fazer algum mal diretamente. Mas são pequenas coisas que nos deslizam para o fundo do poço, saber identifica-las é que faz todo o processo doloroso. 

Outras coisas que aprendi é que: não devo dar a minha mentalidade para todo mundo ou qualquer coisa que me apareça, não sou obrigado ou devo parecer gentil para amizades vazias, nem tudo serve para mim ou deve acontecer no meu tempo, e decepções vão acontecer a todo momento. E além de tudo isso, devemos sempre nos colocarmos acima de qualquer coisa, afinal, se todos forem o único que ficará é você consigo mesmo!

8 comentários:

  1. Que possamos passar por essas fases difíceis de nossas vidas.
    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas comentarei nos blog amigos nesse período.

    Até mais, Emerson Garcia

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    1. Verdade, Emerson. É preciso cair para levantar-se.

      Beijos do Deivy!

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  2. Também tenho tentado não deixar coisas me abalarem por muito tempo. Os acontecimentos tem que ser um aprendizado, nao uma tormenta eterna

    Com amor, ♥ Bruna Morgan

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    1. Concordo, eu acredito que tudo que está acontecendo em nossas vidas são frutos de ações que nos mostram que algo está errado no presente, é um incentivo a agir com mais propriedade e segurança.

      Beijos do Deivy!

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  3. Parabéns pelo texto, pela facilidade com as palavras expressando sentimentos tão reais. Eu entendo esse choque numa nova fase. Quando a gente chega na faculdade o choque é maior, se prepare rs Mas com o tempo vamos nos adaptando e processando todas essas informações mesmo! E eu também estou aprendendo a me manter em solitude, às vezes. Inclusive escrevi um texto sobre isso e devo publicar em breve.
    Beijos
    Tamara
    tamaravilhosamente.com

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    1. Oi, Tamara
      Menina, sempre dizem que na faculdade é bem pior (mas eu acredito que não frequentarei uma universidade tão cedo, principalmente ao sair do ensino médio), mas acredito que o que há é uma geração de pessoas frustradas que possuem um mal condicionamento das emoções psicológicas, por isso o tanto de gente que não se sente confortável com a atual situação.

      Beijos do Deivy!

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