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07 novembro 2018

Para reanimar a alma

Alguns momentos deixam de ser especiais e tão afoguentados por nós, não é mesmo? Fiquei um tempo pensando sobre como as coisas deixam de ter significado com tanta facilidade, na mesma facilidade que o tempo leva as horas e logo depois a repete. Depois nos perguntamos como tudo se foi com tanta rapidez e agilidade, mas foi tão simples quanto o vento carregar todo grão de areia que encontra pelo caminho. Em alguns momentos estamos como os elementos da natureza: ora jogados como a água, ora firmes como a terra. Ora quente feito labaredas, ora envaidecido feito ar. Nos reajustamos naturalmente com o novo eu, e logo nos sentimos em casa. Aqueles dias de uma nova pele passa a ser como tomar uma xícara de café em um dia frio, nublado e chuvoso - tão confortável quanto.

Os dias estão passando rápido, talvez essa metáfora nunca fará tanto sentido quanto está fazendo agora. A saúde mental está sendo recuperada aos poucos, estou reabastecendo o tempo perdido com leituras fieis e ricas em conteúdo, está sendo prazeroso explorar a biblioteca do colégio, tem sido incrível me despir de obrigações que pesa toneladas e no final se tornam inúteis. Estou com saudades de escrever com a alma, reanima-la com conteúdos tão rico quando a mesma, em amores, paixões passadas, cada pedra cravada em ti se tornou precisa pois passei a enxergar as decepções como períodos de aprendizado vital, precisamos aprender a lidar com as frustrações mais sérias e também as mais bobas, talvez eu tenha aprendido a lidar com elas lendo em alguns dos meus livros - talvez criando esperanças com um final que não aconteceu, se tornou frequência, mesmo tendo deixado de criar expectativas com coisas tão banais. 

Me sinto mais próximo de mim após realizar algumas vontades e deixa-me longe das mesmas, o mundo virtual tem se tornando outro espaço tóxico para mim. Tenho me deixado longe das leituras virtuais - como deixei algumas coisas fúteis com tanta facilidade? Não sei! Agora observo algumas imagens simples, converso com poucas pessoas, ajudo-as como posso e volto a ler, com muita facilidade. Escrevo pro blog (mentira! confesso), escrevo pro livro (agora é verdade), escrevo para reanimar a minha vida poética de um aspirante escritor. 
Pergunto a Tempo
Se é preciso vento
Pro amor mudar
Se é preciso emoção
Para aquecer o coração
E fazer o danado palpitar
Se preciso desbravar
Quebrar a cara e se ralar
Para finalmente amar
Se preciso ter sorte
Pra driblar a morte
E continuar a sonhar
Em viver um grande amor
Que assim como flor
Tenha cheiro, mesmo com a dor
Queria poder escrever todos os dias, refazer uma alegria e poder estar sempre aqui. Todos os dias. Mas (in)felizmente ainda me sinto calmo o suficiente para deixar o coração tranquilo, a mente sem perturbação em busca do conteúdo perfeito e a dica perfeita para ajudar vocês com seus blogs e projetos, por enquanto irei preferir me deixar quieto em meio a tantas leituras e aprendizados folheando páginas, nas mãos e no celular. A necessidade de reanimar a alma me pegou numa enorme proporção, preciso recompor as minhas forças mentais e físicas, refazer a minha criatividade instantânea e poder criar com mais frequência. E caso estejam se preocupando, o livro está ficando incrível, o Ayran está aprendendo a amar, e eu estou amando-o. 

6 comentários:

  1. Que texto, tenho que concordar que os dias estão voando, piscamos e o ano passou. Que você encontre paz no que precisa e se recomponha!

    www.coisasdepriscila.com
    Instagram l Beijo.
    Nos encontramos toda seg, qua e sex.

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    1. Obrigado, Priscila. Mal percebi e já estamos na porta de um novo ano.

      Beijos do Deivy!

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  2. O tempo voa mesmo, e já estamos no final do ano. Quanto mais velhos vamos ficando mais o tempo passa rápido.

    Beijos,
    www.thalitamaia.com

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    1. Verdade, Thalita
      O tempo está correndo e somos obrigados a acompanha-lo.

      Beijos do Deivy!

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