Em meio a tantos acontecimentos, avanços e retrocessos que a nossa sociedade vem sofrendo, os rótulos acabaram sendo vistos como desnecessários para definir-te em algo, um novo manifesto surgiu para que as pessoas não precisem de uma palavra para se apresentarem a alguém, ou simplesmente, não sentir-se somente este algo, diminuído a tal e encaixado há somente uma coisa. O que é muito legal, as pessoas não sentirem necessidade de possuir uma palavra para poder entender quem é e como funciona os seus sentimentos. Mas eu sou um pouco do contra e senti a necessidade de compartilhar o meu lado sobre isso.
Cheguei aos 11 anos, e tudo que me restava era procurar a única arma que derruba qualquer estrutura: o conhecimento. Encontrei nele tudo que me fazia bem, os meus gostos, meus ódios, sonhos, desejos, vontades e principalmente, a única definição do que eu iria ser, tinha plena certeza do que estava me aguardando para o futuro e que sim, poderia responder a pergunta de todos aqueles que me olharam torto e com ar de dó pelo que iria vir a me tornar: feliz! De fato, vivi uma felicidade inabalável quando pequeno, minha saúde mental nunca foi afrontada por sentimentos ruins que me consumiam por inteiro, apresentando um novo eu, um Deivyson Luan completamente novo e que viria despertar cada vez mais pro futuro próximo. E tive que descobrir isso sozinho, a única coisa que tive certeza durante todo esse tempo foi que: eu iria ser, mesmo quando eu já era há muito tempo.
Eu poderia ter me poupado de muitas tardes isolado, num canto escuro. Poderia ter contado com meus amigos para que me livrasse de momentos tristes e doloridos que essa frase me proporcionou. O 'viado' que a sociedade julga não era a referência que me agradava, era demonizado, odiado e super estereotipado. Eu queria ser amado, acolhido e confortado, eu só queria saber que sou gay o mais rápido possível para me livrar de um peso na consciência enorme.
ele vai ser
Quando eu tinha por volta de 7/8 anos, ouvia somente uma coisa ao meu respeito por parentes e amigos próximos aos meus familiares: ele vai ser! E me perguntava sempre o que iria ser, mas logo deixava para lá, preferia acreditar de que iria ser feliz, alegre, divertido e amado. Era algo repetitivo e acontecia nos momentos de ausência de familiares mais próximos a mim. Me intrigava, intimidava e me angustiava por querer saber o que de fato eu iria ser, e precisava me encontrar em meio a tantas palavras preconceituosas ao que de fato se aproximava a quem sou. A medida que o tempo ia passando, mais essa frase me perseguia e mesmo sem ter ideia do que significava para mim, doía, me controlava na maneira de ser e agir perante as outras pessoas, me fazia ficar tímido e oprimido dentro da minha própria família e ciclo de parentesco próximo. E eu estava lá, procurando o que de fato eu iria ser.Cheguei aos 11 anos, e tudo que me restava era procurar a única arma que derruba qualquer estrutura: o conhecimento. Encontrei nele tudo que me fazia bem, os meus gostos, meus ódios, sonhos, desejos, vontades e principalmente, a única definição do que eu iria ser, tinha plena certeza do que estava me aguardando para o futuro e que sim, poderia responder a pergunta de todos aqueles que me olharam torto e com ar de dó pelo que iria vir a me tornar: feliz! De fato, vivi uma felicidade inabalável quando pequeno, minha saúde mental nunca foi afrontada por sentimentos ruins que me consumiam por inteiro, apresentando um novo eu, um Deivyson Luan completamente novo e que viria despertar cada vez mais pro futuro próximo. E tive que descobrir isso sozinho, a única coisa que tive certeza durante todo esse tempo foi que: eu iria ser, mesmo quando eu já era há muito tempo.
Eu poderia ter me poupado de muitas tardes isolado, num canto escuro. Poderia ter contado com meus amigos para que me livrasse de momentos tristes e doloridos que essa frase me proporcionou. O 'viado' que a sociedade julga não era a referência que me agradava, era demonizado, odiado e super estereotipado. Eu queria ser amado, acolhido e confortado, eu só queria saber que sou gay o mais rápido possível para me livrar de um peso na consciência enorme.
Olá Deivy!
ResponderExcluirQue postagem mais top!
Gostei dos seus argumentos, me identifiquei com algumas coisas!
Ainda me sinto um pouco mal, quando eu digo o que eu quero ser!
As vezes parece o que eu pretendo ser, nunca será bom o suficiente para eles!
Não sei como reagir quando digo quero ser tal coisa, e dizem ata, legal, mas você poderia escolher ser algo melhor! Isso me deixa muito triste!
Tenha uma semana ainda mais abençoada!
xoxo, Pam!
https://palomari.blogspot.com/
Oi Paloma
ExcluirSempre seremos julgados por sermos blogueiros, trabalhar com internet e passar a maioria do tempo na internet. Mas nada vai para frente se não por nós mesmos.
Beijos do Deivy!
Nossa Deivy, emocionante o seu depoimento. Fico triste por saber o que você passou numa idade tão jovem, mas feliz em ver como você superou esse isolamento e como está se saindo tão bem hoje. <3
ResponderExcluirOi Camila
ExcluirMuito obrigado por todo carinho e apoio aqui no blog. Sim, fico triste por jovens como eu estar sofrendo diariamente com isso por motivos que deveriam ser visto como naturais e nada de anormal.
Pena que não é assim,
Beijos do Deivy!
Sempre quando alguém julga meu menino por querer usar meus sapatos ou mexer nas minhas maquiagens, pergunto - E se for? O que você tem a haver com isso? Vou amar e respeitar da mesma forma que agora. - É fácil rotular uma criança e dizer se vai ser isso ou aquilo, quem vai decidir não vai ser a gente e sim eles, o texto ficou maravilhoso, parabéns!
ResponderExcluirOi Reh
ExcluirFico triste em ver que crianças sofrem por isso sem nem terem noção de quem são, do que fazem e estão somente sendo você mesmo no meio familiar que se sente confortável e protegido.
Beijos do Deivy!
Bela reflexão! Seja o que você tiver vontade de ser e o que te deixa confortável.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Obrigado, Emerson.
ExcluirBeijos do Deivy!