Um amor acende aqui dentro

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Depois que passei a notar os meus sentimentos internos, os meus amores solitários e compactuados ao meu eu, muita coisa que faz parte do meu cotidiano passaram a ter a minha atenção frequentemente. Seja na ida ou na volta de mais um dia exaustivo e improdutivo dentro de uma sala de aula. Uma tarde de tédio na maioria das vezes. Uma das cores que relembrei da minha admiração imensa, foi as cores da noite, as ruas movimentadas por pessoas e carros para todos os lados.

Quando chovia, era a minha melhor paisagem. Olhava para todos os cantos, todos os carros, todos os corpos. Era a minha brincadeira de criança, observar, amar e vivenciar cada luz que iluminava um pequeno ser admirado e de olhos que refletiam tanto quanto. Curtia as estrelas, brincava de esconde-esconde com a lua, e um sorriso doce e sincero se abria a todo momento. Me sentia livre, uma grande lâmpada se acendia dentro de mim, para a criatividade, felicidade, um amor indescritível que aumentava cada vez mais.

Imagina que maravilha seria o mundo se todos nós passássemos a dar valor e altar a todas as coisas boas, a todos os nossos bons sentimentos, e tudo aquilo que nos entende sem precisarmos falar e mesmo assim, fazem um grande bem. Aquela criança foi imensamente feliz o quanto pode consigo mesma, de segunda a sexta ela dá um Olá! quando volto do colégio mais tarde, e isso me alivia da carga pesada que carrego todos os dias, me distrai enquanto vou andando em meio a multidões separadas aleatoriamente.

Pessoas perdidas por qual caminho continuar. Outras sabem perfeitamente onde ir, e eu fico igual um bobinho em meio a toda essa gente, que ao lado da criança que admira as luzes da sua, são extremamente maduras e sensatas, ou apenas esqueceram de acender a sua luz própria. Mas, continuo seguindo brilhando.

Enfim, não deixe sua luz apagar.